Seja Líder de Si Mesmo - Resenha crítica - Augusto Cury
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Seja Líder de Si Mesmo - resenha crítica

Autoajuda & Motivação

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 8575421212 ; 978-8575421215

Editora: Editora Sextante

Resenha crítica

Quem discrimina os outros os diminui, quem supervaloriza os outros diminui a si mesmo

Muitos jovens, adultos e até velhos vivem a maior parte do tempo sendo coadjuvantes de suas vidas. Ou seja, não param para refletir que a duração de suas existências, um sopro no tempo, é povoada de uma energia psíquica fabulosa. O poder da mente, em sua incrível potência, não foi, segundo Augusto Cury, compreendido pela ciência.

Muitos vivem apenas porque estão vivos, sem sonhos ou metas. Não sabem lidar com as falhas, com os fracassos, lágrimas e fragilidades. Preparados para vencer, não sabem o que fazer quando perdem a direção.

Na nossa sociedade, por esse motivo, muitos jovens supervalorizam cantores, pessoas famosas e perdem de vista que ao fazerem isso, diminuem a si mesmos. Essas pessoas, de quem não se sabe mais do que a supérflua imagem do sucesso, tomam o lugar que os próprios pensamentos deveriam tomar na psique dos jovens e até de adultos, que ao invés de olharem e valorizarem a si mesmos, tomam o caminho da supervalorização de alguns poucos. Os ricos, que esbanjam em carros e jóias, muitas vezes não são líderes de suas próprias mentes, porque não sabem enfrentar o fracasso.

Como o diz sabiamente Cury, é uma atitude irracional valorizar alguns artistas enquanto a maioria é relegada ao rol dos anônimos. Especialmente porque, no oposto, não valorizamos a nossa própria capacidade de pensar. No que condiz à mente, à capacidade misteriosa e fabulosa do pensamento, tanto a Rainha da Inglaterra quanto um mendigo se equiparam.

Respeitar algumas pessoas, mais velhas, professores, ou até modelos de vida, é uma atitude saudável. Supervalorizá-las é um ato doentio, que oculta a capacidade inata da mente, um dom dado à humanidade.

Isso porque o pensamento, esse mistério pouco desvendado pela ciência, é uma capacidade universal e inexplicável. Pouco se compreende da natureza da consciência, da capacidade psíquica. Assim é preciso compreender, nessa jornada rumo ao autoconhecimento, que pensar é inevitável. Ninguém interrompe a construção do pensamento, mas é possível liderá-la. Algo que não aprendemos a fazer.

Não fomos treinados para ser líderes de nós mesmos

Esse livro não é escrito para super-heróis, tampouco para aqueles que pretendem viver sem sofrer ou passar por dificuldades. Liderar o próprio eu, se tornar ator e não espectador da própria vida, envolve o processo de saber conviver com a tristeza, com o sofrimento e com o fracasso.

Apesar do esplendor da mente humana, ela facilmente pode se tornar vítima de doenças psíquicas. Depressão, intolerância e agressividade que demonstram a fraqueza mental.

Ninguém se constrói sozinho e existem ao menos três fatores implicados na construção do eu: a carga genética, o sistema social e o ambiente educacional. O Eu que provêm da relação dessas áreas da vida pode ser visto como a consciência, cuja qualidade maior é decidir.

Assim, aquele que deseja ser autor da própria vida, líder do próprio eu, deve superar as expectativas traçadas nesse encontro. Senão, os que têm pais deprimidos se tornarão pessoas deprimidas. Os traumatizados na infância se tornarão adultos frustrados e os que fracassaram não construirão vitórias.

Este livro é pontual em dizer: podemos ser escritores de nossa história e esses fatores podem ser superadas por meio de técnicas mentais, traçadas a partir de um saber psicológico que deveria ser ensinado em todas as escolas do mundo. A educação nos ensina a lidar com o exterior, com o mundo, aprendemos a ser líderes no trabalho, mas nunca nos voltamos para o interior, para o grande mistério do eu.

A maioria das pessoas não reage aos próprios pensamentos, como se eles fossem inevitáveis. O exemplo de Augusto Cury para expressar isso é bastante direto: imagine um ladrão musculoso que entra na sua casa para roubar suas coisas. Agora imagine que a arma que ele usa é falsa e que seu porte físico é, na realidade, ilusório. A maioria das pessoas reagiria caso esse ladrão fosse externo. Mas e se o ladrão são seus próprios pensamentos negativos? Você reagiria?

Jamais devemos ser submissos ao lixo psíquico que se entulha em nossa mente, graças a nossa incapacidade de vivenciar a vida. Não devemos, para isso, respeitar os pensamentos negativos e as emoções que se acumulam, assaltando a nossa personalidade.

Ao reagirmos aos pensamentos e emoções negativas podemos ser autores de nossa própria vida. Os jovens, que não sabem lidar com críticas, ansiosos, submissos a insatisfação, poderão desfrutar da beleza da vida a sua frente. O mesmo pode ser dito sobre qualquer pessoa, um profissional, treinado para atuar no mundo exterior, muitas vezes não tem ideia de como liderar seu eu interior.

O teatro da mente

Com um exemplo, Augusto Cury convida o leitor para identificar aquilo que o acompanha na vida, por meio de um saber fabular:

Imagine estar caminhando na rua e de repente sentir o impulso de entrar em um teatro, sem ainda saber qual peça seria apresentada ou o conteúdo da obra. Não imaginava que assistiria a peça mais importante da sua vida.

A peça se inicia e o autor principal rapidamente conquista sua atenção e a de todos ao redor. Inteligente, sutil, fino, corajoso. O personagem era gentil com as crianças, amável com os idosos e sensível com os amigos. Contemplava as pequenas coisas, brincava e sorria das próprias tolices.

Dentro de todas as características positivas daquele personagem, como sua empatia, sua presença leve e inspiradora, você via alguém com quem se identificava e queria aplaudi-lo. Ele era tudo que você sempre quis ser.

Num golpe de coragem você se levanta e começa a aplaudi-lo. O teatro vibrou e todos se levantaram para acompanhar seu aplauso. O ator ficou deslumbrado.

Uma surpresa o aguardava. Duas pessoas subiram ao palco e desenrolaram uma faixa. A faixa revelava, para seu espanto,o nome da pessoa na qual tinha sido inspirado aquele personagem. O nome que constava era o seu! O público todo focou em sua presença, entusiasmado, e o aplaudiram longamente.

Você descobriu, nesse momento, que ao se apaixonar pelo personagem tinha se apaixonado por si mesmo. Que autoestima borbulhante!

Depois do primeiro êxtase, descobriu ainda que todos na plateia eram conhecidos. Toda a sua família em todas as gerações, amigos, recentes e antigos, de infância. Todos os amavam e se orgulhavam de sua vida. Amigos que estavam prestigiando e torcendo por você, mas para quem você raramente ligou ou visitou. Professores, colegas de trabalho, pessoas que pareciam distantes mas que tinham marcado sua vida para sempre. Todos estavam lá.

Quando te passam o microfone, você emocionado, agradece ao ator principal, “muito obrigado, você é demais”, e diz ao público “construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: não tenho medo de vivê-la!”

No entanto, esse não é o final da peça. No segundo ato, inesperadamente, o ator que o representou inspirado e elegante no início da peça, ao invés de tomar seu lugar no palco, se senta do seu lado na plateia, para seu espanto. No escuro, você olhou para o ator e tentou reconhecê-lo, pois seu semblante parecia lembrar de alguém.

A peça continuou e você começou a suar. O personagem antes tão sereno e tranquilo, agora levantava a voz, perdeu o bom humor e machucava as pessoas ao seu redor. Um ator coadjuvante teve a ousadia de pegar uma lata e escrever nela diante a plateia “Sua emoção é uma lata de lixo!”.

Você se remexia, se envergonhava e queria protestar, mas a sua consciência não permitia. Teve que admitir que levava problemas para a cama, que sofria por antecipação. Não escolhia as emoções que digeria.

A plateia começou a vaiar, inconformada. Você afundou na cadeira, oprimido pela constatação de que aquela era a sua vida representada. Sua história perdera o brilho, porque vivia ansioso e distraído.

O medo começou a ganhar o palco. Medo de falhar, de ser derrotado, medo de ser exposto. Algumas pessoas queriam que você subisse ao palco e dissesse algo. Mas a sua insegurança o impedia e fazia com que você culpasse os outros por aquilo que era apresentado. Em sua raiva e desespero, você aponta ao ator e o insulta: “fraco, inseguro, vai para o palco! Tome uma atitude!”.

Percebeu, no entanto, que a poltrona ao seu lado estava vazia e que você vestia as roupas do ator. Perplexo você descobre que nunca existiu ator, você era esse ator. Na primeira parte da peça tinha sido brilhante. Na segunda parte você tinha se abandonado e que os atores coadjuvantes representavam seus conflitos, seus medos, traumas e pensamentos negativos.

Entrar no palco ou ficar na platéia?

Após notar a clareza da situação e perceber que quando você abandona a si mesmo seus pensamentos, medo e conflitos tomam o lugar reservado para a sua atuação na vida, uma nova surpresa. Você se percebe sozinho nesse teatro vago. Desesperado e sem chão. O que fazer? Não havia teatro físico, apenas a sua própria mente.

Para voltar a direção da sua vida você teria que resgatar a sua garra e sua vontade, ultrapassar o tédio e a mesmice. Precisaria elogiar mais e criticar menos, negar os pensamentos negativos para se tornar, aos poucos, a imagem graciosa que imperou o primeiro ato da peça de teatro.

A mais dramática solidão tinha sido revelada nessa peça: que você se abandonou no percurso da vida. Esqueceu-se de garimpar os solos da psique.

Essa história representa uma parte da psique de cada um de nós. Não ficamos atentos para necessidade de corrigir pequenas mudanças em nós e só percebemos o que perdemos na dura queda da vida.

Ser espectador gera um falso conforto. Fomos controlados pelos nossos problemas, perdemos as coisas que mais amávamos dentro de nós.

Você ficaria na platéia ou entraria no palco? Augusto Cury nos convida a compreender as técnicas necessárias para que possamos dar esse passo incrível que ninguém nos ensina a fazer, pois o mundo nos ensina apenas a lidar com o exterior.

Compreendendo o teatro da mente humana

Como esse exemplo deve ter bem apresentado, a mente humana é mais complexa do que imaginamos. Não se trata apenas do eu consciente, mas de atores coadjuvantes, que representam ideias, que trazem à tona aspectos inconscientes que invadem nosso pensamento e guiam nossas ações.

Augusto Cury batiza a sua teoria de “inteligência multifocal”. E são os aspectos dessa teoria que guiarão os ensinamentos que este livro apresenta como contribuição para o aprendizado de quem quer se tornar um líder de si mesmo.

Essa teoria traz à tona vários pontos obscuros na nossa mente, pois há três fenômenos inconscientes que atuam como atores coadjuvantes de nosso pensamento. Eles são o Gatilho da Memória, a Janela da Memória e o Autofluxo.

Se o eu apresenta a capacidade consciente de decidir e não de dirigir a nossa mente, ela será dirigida por esses aspectos inconscientes. Esses fenômenos constroem pensamentos maravilhosos mas também os perturbadores. Eles produzem os pensamentos que detestamos, hábitos obsessivos, paranoias irracionais. Esse é, de certo modo, um processo natural do funcionamento da mente, mas a pergunta que devemos fazer é: “nós governamos esses pensamentos ou deixamos que eles nos dominem?”

Mas porque produzimos esses atores coadjuvantes que tomam conta de nosso teatro mental?

Augusto Cury nos dá duas respostas, que tratam de questões de origem filosófica e da psicologia.

Primeira: porque, sem os atores coadjuvantes a mente seria um monólogo e somente o ator principal atuaria. Os atores coadjuvantes impedem que morremos de tédio, angústia e rotina. Grande parte dos sonhos, inspirações e criatividades que temos, surgem da leitura espontânea que o inconsciente faz do mundo.

Segunda: são os atores coadjuvantes que formam o eu. Uma criança não tem ainda o eu formado, portanto, são as sensações e milhões de pensamentos abstratos que povoam sua mente que produzem a experiência do mundo necessária para que, ao fim e ao cabo, um eu seja produzido, uma identidade.

O eu, o ator principal dessa jornada que é a vida, surge, portanto, a partir da experiência que os atores coadjuvantes fazem marcar no tecido da memória. Porém, se a mente não for treinada, esse eu pode se tornar um péssimo ator principal, fraco e incapaz de lidar com as emoções negativas que invadem a experiência da vida.

Para aprendermos as técnicas necessárias com o intuito de cuidar da própria mente, debrucemos um pouco sobre as qualidades dessas três instâncias do inconsciente:

O gatilho da memória

O Gatilho da Memória é a qualidade mental que nos faz reconhecer o mundo ao redor. Ela inscreve e correlaciona as coisas e as ideias, a partir da experiência vivida. É o Gatilho da Memória que faz que reconheçamos uma flor como flor, ao ver uma em um jardim. Temos milhões de imagens na memória, que informam o eu sobre o mundo ao redor, sem esse fenômeno só existiria confusão.

O mesmo acontece quando esse procedimento da mente nos prejudica. Quando vemos uma pessoa que nos feriu ou rejeitou, instantaneamente o Gatilho da Memória implode, e associamos a pessoa aos piores sentimentos: rejeição, dor, sofrimento. Nossa mente então abre os arquivos com as memórias de acontecimentos com a pessoa, gerando raiva e ansiedade.

Assim, em instantes, somos levados do palco à plateia. Viramos escravos desses pensamentos que nos controlam, nos obrigam a voltar para um lugar onde não queremos.

O autofluxo

O Autofluxo é responsável pela grande maioria dos pensamentos no teatro da mente. Se trata das associações aleatórias que nossa mente faz por meio de milhares de leituras espontâneas da memória, criadas sem uma direção lógica.

Pensamos em situações bizarras, em amigos distantes, no tempo. Pensamentos que simplesmente aparecem em nossa mente e nos faz viajar pelo passado e pelo futuro.

Esse fenômeno da mente pode nos prejudicar de várias formas. Um exemplo é aquele que fica tão imerso em pensamentos e ideias que quase não participa da realidade ao seu redor.

Quando o Autofluxo lê partes doentias da memória ele produz emoções ansiosas, teimosas, tímidas, culposas. Diariamente essa característica nos anima e nos distrai, mas também nos envia para a plateia da vida. Os pessimistas acabam por viver em um teatro de horror dentro de suas próprias mentes, do qual são meros coadjuvantes, pois estão acorrentados às ideias negativas.

Sem o autofluxo não seria possível existir, mas é preciso gerenciar esse fenômeno, para que não apenas deslizemos por seu conteúdo, naquilo que ele produz.

Compreendendo o Gatilho da Memória  e o Autofluxo, percebemos que temos a tendência de ficar na plateia de nossa mente.

A janela da memória

A memória humana se abre por janelas. Algumas janelas, esse arquivo imenso guardado em nosso córtex cerebral, nos levam para imagens belíssimas, geram prazer e coragem. Outras são doentias, abrem imagens que geram ansiedade, ódio, desmotivação.

Essas janelas, abertas durante os dias sem o nosso controle, são responsáveis por emoções negativas que aparecem subitamente em nossos pensamentos. Ela funciona por meio de conexões ocultas em nosso inconsciente e explica o porquê de às vezes sentirmos que conhecemos proximamente um lugar que nunca vimos. Isso porque janelas da memória se abrem, fazendo com que relacionemos os novos lugares à vários outros que vimos durante a vida.

Aquela tristeza que alguns sentem domingo à tarde, também é resultado do mesmo processo.

O caso mais extremo de uma janela doentia, ligada à fobias e medos internos, é a Janela Killer.

Essas janelas, mais extremas em relação ao conteúdo que despertam, contém um volume tão intenso de emoções negativas, como raiva, medo, desespero e ansiedade, que são capazes de travar o raciocínio. Essas janelas provocam reações instintivas que nos assaltam, como animais.

Todos temos janelas desse tipo que fazem com que tomemos ações impensadas, por impulso, que por vezes podem ferir as pessoas que amamos.

Os bastidores da mente

Todas essas ideias pesadas e negativas que assolam a mente por meio de fenômenos ainda não trabalhados, exercitados, acumulam uma grande quantidade de lixo mental que é armazenada no inconsciente. É o fenômeno chamado de RAM: Registro Automático de Memória. Isso porque tudo que sentimos e pensamos é armazenado automaticamente na memória.

Se você tem atitudes como reclamar frequentemente, reagir sem pensar, ansiedade, baixa auto-estima, intolerância, dificuldade de enfrentar desafios e pensamento acelerado, deve se atentar as técnicas abaixo, para aprender a se tornar um líder da sua mente.

Técnicas psicológicas para ser líder de si mesmo

A primeira meta para o aprendizado da liderança de si mesmo é reeditar a memória. Não podemos excluir os arquivos doentios e as emoções que assolam nossa mente por meio de janelas que se abrem de nosso passado. Mas podemos reeditá-las. Para isso, é preciso inserir novas experiências nas janelas da memória. Construir segurança onde existe medo, lucidez onde existe estupidez, etc.

Muitas pessoas saudáveis vão acumulando emoções ruins pelo processo de RAM e acabam lotando janelas antes positivas, com emoções negativas.

Uma técnica excelente para reeditar a memória e se tornar ator da própria história, ensinada pela inteligência multifocal é a DCD: duvidar, criticar, determinar. Essa técnica envolve a arte da dúvida, a arte da crítica e a arte da determinação.

A ideia é enfrentar corajosamente os próprios pensamentos. Um homem ciumento pode encontrar as raízes de seu sentimento negativo e irracional ao compreender quais experiências do passado são base para seus medos e receios. É aí que a DCD entra. Ao ver surgirem tais sentimentos é preciso duvidar deles, dizer a si mesmo “esse sentimento não tem fundamento! Não desejo ser algemado por ele!” É preciso criticar e duvidar dos atores coadjuvantes do pensamento, porque eles se confundem com o eu.

Duvide daquilo que os atores coadjuvantes inserem em seu pensamento. Entre no palco e determine ser alegre, leve, tranquilo, conquistar aquilo que ama. Ser líder de si mesmo.

A pessoa que pratica o DCD se torna mais estável e madura. As falhas constroem tolerância, as perdas geram novas conquistas, os fracassos nos tornam mais fortes.

Outra meta necessária para se tornar líder de si mesmo é criar Janelas Paralelas de Memória. Construir janelas saudáveis que tem conexão com as janelas doentias do inconsciente. As janelas paralelas abrem simultaneamente às janelas doentias, gerando confiança no eu.

Uma técnica eficiente para criar essas janelas paralelas é chamada de Mesa Redonda do Eu. Ela consiste em uma reunião íntima consigo mesmo, um apreciar da solidão. Paramos um momento e entramos dentro de nós e debatemos nossos problemas, dificuldades, crises e perdas. Traçamos caminhos em uma mesa silenciosa dentro da mente.

Muitas pessoas passam décadas sem conversar sinceramente consigo mesmas, porém essa simples atitude pode gerar mudanças significativas. É preciso conhecer a si mesmo, debater, criar e produzir e não ser mero passivo no teatro da mente.

Persevere, mesmo que achar que não tem mais força. Não existe riqueza maior do que produzir uma mente saudável, forte e aberta.

E você? Quer se tornar líder de si mesmo? Ser ator principal no teatro da sua mente? É hora de começar os exercícios e conseguir novos frutos no mistério incrível da vida que os aguarda.

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Quem escreveu o livro?

Augusto Jorge Cury é médico psiquiatra, professor e escritor brasileiro. É o autor da Teoria da Inteligência Multifocal e seus livros foram publicados em mais de 70 países, já tendo vendido mais de 25 milhões de livros somente no Brasil. Nasceu em Colina, São Paulo. Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e concluiu seu doutorado em Administração de Empresas pela Florida Christian University no ano de 2013 com à tese: "Programa Freemind como ferramenta global para prevenção de transtornos". Na sua carreira dedicou-se à pesquisa sobre as dinâmicas da emoção. É pós-graduado no Centre Medical Marmottan, em Paris, e na PUC de São Paulo. Ele é... (Leia mais)

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